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Reciis 15 anos: No último número de 2022, Reciis revisita sua trajetória e reafirma compromisso com uma ciência democrática

por
Roberto Abib (Reciis)
,
23/12/2022

Arte: Luciana Rocha (Multimeios/Icict/Fiocruz)

No último número de 2022, ano em que a Reciis celebra seus 15 anos de existência, o periódico revisita sua trajetória para se questionar nessa fase debutante: como queremos nos apresentar para a sociedade?  Na procura de respostas possíveis, apresenta nesta edição o dossiê ‘Trabalho por plataformas digitais em saúde’ com o objetivo de articular a pesquisa com o cotidiano dos trabalhadores a fim de pensar sobre os direitos, a saúde e o bem-estar neste mundo do trabalho digital. 

Desde a primeira edição até agora, a Reciis conta com mais de mil textos publicados, o que envolve mais de dois mil autores (nacionais e internacionais) e mais de 1100 pareceristas. Até agora, o periódico possui mais de 960 mil acessos às publicações. Tais números elucidam a relevância da revista na produção científica no campo multi e interdisciplinar que relaciona a comunicação, a informação, a inovação científica e tecnológica às dimensões da Saúde Coletiva. 

Em editorial [3], os editores científicos Kizi Araújo, Igor Sacramento e Christovam Barcellos se associam ao entendimento do Icict e da Fiocruz de que o desenvolvimento científico e tecnológico deve contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sobretudo no que se refere ao direito à informação, à comunicação e à saúde. Lançam como consolidação e desafio contínuo no processo de construção identitária da Reciis a sua importância na comunicação científica e na promoção de se estabelecer diálogo e interação do campo acadêmico com a sociedade e com o Sistema Único de Saúde (SUS), princípios e valores pensados desde a concepção da Reciis. 

Nessa perspectiva, e em lembrança também aos 20 anos da Declaração de Budapeste, na qual estabelece ações de acesso aberto ao conhecimento, a Reciis revisita e reafirma seu compromisso com ideais de acesso aberto e democratização do conhecimento na seção Entrevista. O professor e pesquisador Juan Pablo Alperin comenta que não basta apenas garantir o acesso aberto, mas pensar sobre como se dá o acesso, pois assim é possível estabelecer uma Ciência Aberta menos tecnocrática e mais equânime e sustentável. 

Em Nota de Conjuntura [4], Marcelo Fornazin et al. avaliam as ações do governo federal nos últimos quatro anos em relação à gestão dos sistemas de informação do Sistema Único de Saúde e apresentam propostas de caminhos para o novo governo no que diz respeito à saúde digital, considerando os princípios do SUS. Na seção Resenha, o autor Benedito Barraviera [5] apresenta o livro ‘Os animais peçonhentos na saúde pública’, de autoria dos professores e cientistas Claudio Maurício Vieira de Souza e Rosany Bochner. O autor da resenha destaca a relevância da perspectiva histórica do livro, pois reafirma a atenção às políticas públicas que contemplem o tema, muitas vezes, negligenciado mundialmente.

Trabalho por plataformas e saúde

No dossiê Trabalho por plataformas e saúde, os editores convidados Rafael Grohmann (University of Toronto), Kruskaya Hidalgo Cordero (Universidad Internacional SEK) e Noopur Raval (University of California) [6] reúnem uma coletânea de artigos originais que promove uma reflexão sobre a magnitude dos impactos emocionais e físicos na saúde daqueles que dependem financeiramente dessas economias digitais, principalmente no Brasil. 

No primeiro artigo do dossiê, Matheus Viana Braz et al. [7] argumentam que a ideologia gerencial e californiana é central para esconder os conflitos trabalhistas e um sentimento de sofrimento individualizado entre os trabalhadores digitais. Em relação à realidade latino-americana, Issaaf Karhawi e Michelle Prazeres [8] apresentam a noção de "exaustão algorítmica" para discutir como os influenciadores digitais brasileiros se sentem em relação à plataforma, com um sentimento permanente de insatisfação, desânimo e exaustão; e Rodolfo Niederauer et al. [9] focam a análise nos youtubers brasileiros e como sua relação com a plataforma pode causar problemas de saúde para os trabalhadores. Isso inclui falta de transparência, muita imprevisibilidade e volatilidade em relação ao pagamento entre plataformas.

Os dois últimos trabalhos abordam questões de saúde envolvendo especialmente os entregadores de plataforma. Leo Vinicius Liberato [10] analisa o risco de violência física entre motociclistas e clientes, cuja consequência imediata é a desativação indevida de trabalhadores em relação às plataformas; e Sergio Dias Guimarães Jr. et al. [11] analisam amplamente as possibilidades de organização coletiva dos trabalhadores de plataforma no Brasil a fim de se debater as questões de saúde no trabalho e os vínculos sociais de cooperação entre os trabalhadores. 

Por meio de submissão em fluxo contínuo, este número apresenta ainda trabalhos que versam sobre a comunicação, a informação e a saúde. A Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis) é editada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). 

Clique na imagem abaixo para acessar o número de 2022 da Reciis v. 16, n. 4 – dossiê Trabalho por plataformas digitais em saúde [12]

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Para saber mais

Rev. Eletr. de Comunicação, Informação e Inov. em Saúde - v16,n.4 (2022) | Dossiê Trabalho por Plataformas Digitais e Saúde [12]
Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde - Reciis [14]
Podcast Revozes [15]

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