LUTO

Boa tarde Icicit!  Espero que todos estejam bem e com saúde. Hoje quero pedir um pouco de silêncio. Chegamos a mais de 411 mil mortos no nosso país e mais de 3 milhões no mundo. Ontem não perdemos somente também o sensacional ator Paulo Gustavo, perdemos outros tantos nomes, amigos, familiares e outras tantas pessoas importantes para suas famílias, mortes anunciadas diariamente. Se não bastasse a pandemia ainda temos a violência contra mulheres e crianças e tantos vulneráveis, ontem 3 bebes e 2 professoras. Por que? Como consolar alguém com tamanha perda? Que todo nosso afeto, solidariedade e acolhimento para essas pessoas. E até quando vamos assistir em silêncio e sem voz, a omissão deste governo, permitir ausências, lutos e difundir todos os dias tratamentos sem comprovação, aglomerações, imprudência e falta de respeito ao outro. Por quanto tempo vamos aceitar a violência diária contra populações negras, mulheres, crianças, pobres, tanto preconceito, tanta desigualdade e tanta intolerância e omissão dos que podem e devem fazer o bem.  Tantas despedidas desnecessárias. Mortes que nos chocam todos os dias. Que Deus em todas as suas formas e credos possa amparar tantos corações, tantos vazios e silêncios.

E ao mesmo tempo agradecer por estarmos bem e mais próximos da vacina, nossa confiança irrestrita no SUS e nas nossas Instituições.

Ao longo de todos estes dias de campanha, com boas reuniões e muita reflexão, várias ideias, propostas e perguntas tem sido absorvida e incorporada ao projeto em uma construção constante.

Uma das falas que tem sido pontuadas são as questões das nossas Vices, que tem sob sua responsabilidade muitas caixinhas e sobre meu pensamento de dividir ou separar elas. Tenho dito que essa tomada de decisão não pode ser uma decisão monocrática do Diretor. É preciso o debate com a comunidade para o redesenho do organograma, para podermos avançar de forma madura nesta decisão. Pois não se trata somente do cargo e de colocar uma caixinha e uma pessoa. Temos ali também questões de gratificações divisões das áreas. Além das vices temos outras questões para discutir. Um exemplo é  inclusão na estrutura do Núcleo de Acessibilidade (já reconhecido e validado por duas gestões), que também é um desafio, pois nestas dinâmicas também mexemos nas pessoas e precisamos envolver chefias e RH entre outros pontos. Mas vamos fazer. Tudo parece simples de ser falado e prometido, mas nem sempre viabilizado de fato. Precisamos e vamos fazer a oficina de Gestão e minha proposta é discutir o organograma no mesmo ciclo. Mas não farei sozinho. São necessários muitos corações e vontades para estas mudanças. Então que nós de forma coletiva sejamos a mudança.

Também as conversas com as áreas me fizeram refletir sobre este modelo que propomos. Oficinas, de gestão, planejamento, projetos, Grupos de trabalho, Câmaras técnicas, indicações para núcleos e representações. Tantas instâncias e ao mesmo tempo falhamos no que é nossa missão, nosso DNA, nosso NOME. Falta informação e comunicação interna e um olhar para o outro. Não tenho muito como fugir deste modelo, pois este é o modelo de governança da Fiocruz e é o que temos, mas talvez possamos ser ponte para um modelo diferente autossustentável, com maior autonomia, responsabilidades, descentralizado e menos autocrático. Talvez este ciclo seja a possibilidade de um modelo de transição, olhando para os novos cenários e perspectivas e os novos modelos de governança e gestão. O discurso de promessas, da ideia que “é preciso mudar, para deixar tudo como está” não deve ser uma realidade. Precisamos realmente mudar; nossos processos, nossos modelos de governança, NÓS precisamos mudar. Acredito que as coisas só mudam quando mudamos. Então mais uma vez sejamos a mudança.

Precisamos,

CONVIVER, COLABORAR, CONECTAR, TRANSFORMAR PARA VER O OUTRO.

Abcs em todos

Não tenha medo da mudança, sejamos a mudança.

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